19/10/2014

Participantes: Banda Fora do Ar

A banda Fora do Ar é composta pelos estudantes Daniel Ricco, Rodolphy Daniel e Luiz Augusto Ricco, que trazem na sua sua composição uma reflexão sobre loucura em "Manicomilização".

"Fora do Ar" é uma banda recente composta por alunos da UFMS

Fora do Ar é uma banda que, apesar de estar se formando ainda no cenário campo-grandense, é resultado de uma parceria entre músicos que há um bom tempo já se conheciam. Já tendo tocado juntos em três edições do Festival Universitário da Canção anteriormente, Daniel (26 anos, guitarra), Rodolphy (24 anos, bateria) e Luiz Augusto (33 anos, vocalista) já tinham costume de se reunir para ensaiar alguns sons.

"Manicomilização" foi uma composição criada por Daniel, aluno de filosofia da UFMS que sempre se interessou bastante sobre o tema da loucura. Em dado momento correu um episódio na sua família em que um parente acabou sendo internado num sanatório. O confronto com a realidade do ambiente o inspirou a representar o acontecido na música e fazer uma crítica a exclusão que sofrem os pacientes do lugar. "As pessoas perdem o contato com quem gostam, muitas vezes os funcionários ali dentro não sabem tratá-los direito, acabam pondo rótulos neles e ignorando a história de cada um."

"A gente quer passar uma concepção também, não quer fazer uma banda só para entretenimento", contam.  O nome "Fora do Ar" vêm de querer trazer um projeto que não se assemelhe ao comum, tentando até mesmo quando tocam covers, fazer alterações nas músicas originais para que tenham as características próprias da banda. Rodolphy explica que vê nas letras da banda, escritas por Daniel, conteúdo que sente falta na música atual. "Muitas vezes a pessoa faz uma melodia e não cria uma letra com conteúdo, escreve só pra encher linguiça", afirma o baterista.

Abordando algumas vertentes do rock com elementos pop, a banda pretende tocar músicas que alternem entre letras críticas e políticas para outras também mais românticas e leves. Em sua experiência nas outras participações, revelam que sentem falta de uma ênfase maior do festival no gênero rock. "Eu percebo que o rock fica um pouco de lado", diz Daniel. Mas críticos à forma como o cenário campo-grandense ignora as músicas autorais e prioriza os covers de grandes artistas já consagrados, são favoráveis a forma como o FUC dá espaço para a música de quem ainda está começando.

Ass: Joaquim Lucas - Assessoria de Comunicação do Teatro Glauce Rocha.

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