“O FUC faz história na música daqui”
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Baldinir. Foto de perfil do facebook |
Era uma das primeiríssimas edições do FUC a ser
preparada. Os artistas que queriam participar estavam atrás de algo igualmente
novo para suas letras autorais. Foi por isso que um dia, na escola Arlindo de
Andrade Gomes, a professora de inglês, Silvia, comentou na sala sobre essa
procura por uma música para o festival. Assim que o sinal tocou para o recreio,
o jovem Baldinir, de apenas 14 anos, ao invés de ir para o pátio,
foi pro outro lado, se sentou no gramado e começou a escrever “Como Se Fosse”.
Depois foi convidado para a casa da professora para apresentar a música. Como
não sabia tocar nenhum instrumento, cantou. E mais tarde, sentado no público do
Teatro Glauce Rocha, Baldinir pode ver Antônio Mario cantar sua música e ganhar o
quarto lugar.
“Eu tenho surtos assim”
É cantor, compositor, psicólogo e artista plástico. A
inspiração vem do cotidiano. As vezes basta que alguém lhe conte uma história e
ele cria uma representação musical. Fez alguns shows nos anos 80, mas não
seguiu a carreira musical. “Mas ainda não morreu a esperança”, afirma. A primeira vez
que subiu no palco do Glauce Rocha foi em 2009 com a música “Samba de Gaveta”,
com qual ganhou o terceiro lugar. E o sonho é ganhar o primeiro lugar do FUC.
“Margarida sempre viva"
A música que escolheu para apresentar na 22° edição do FUC
foi feita em luto pela morte de uma amiga. A jornalista Margarida Gomes Marques
trabalhou com Baldinir na Secretaria de Cultura e foi um personagem emblemático
na cultura, política e formação do estado de Mato Grosso do Sul. A formação dos
músicos que tocarão com ele foi acontecendo. Escolheu seus amigos Nola Pompeo,
Marco Antônio Carpens Mendonça, Chico Simão para tocarem violão, cavaquinho e
bateria, respectivamente. Luciana Iris e Ana Carolina farão o back vocal.
Confira a letra de “Margarida sempre viva”, a última música a se apresentar no dia 24.
Quando você me procurou pela última vez
Já falava de saudadeNaquele email que postou já era adeus,
Já era tarde E o vazio que ficou
Oh, margô (marcou)
Barbaridade
O que consola é
saber que nessa vida Quem não vai cedo,
vai mais tarde O que consola é saber
que nessa vida Quem não vai cedo,
vai mais tarde
Seres de luz têm
que cumprir sua missão
E deixa o tempo responder
Vais estar sempre viva
em nosso coração Aqui ninguém
vai te esquecer
Estrela digna
no alto a brilhar
Tão elegante e
prateada se postou
Em nossas rodas
seu sorriso vai faltar
Mas fica na memória
a bela história que contou
Vamos saudar
luz tão altiva
Margarida sempre viva
E festejar,
sem despedida
Sempre viva, margarida (2x)
Margarida sempre viva
Sempre viva margarida
Margarida sempre viva
Sempre viva margarida!
Por Bárbara Cavalcanti da Silva - Assessoria de Comunicação do Teatro Glauce Rocha
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